CIGS.
O Centro de Instrução de Guerra na Selva, CIGS foi criado em 02 de março de 1964, pelo decreto Nr 53649, tendo como seu primeiro Comandante o então Major de Artilharia Jorge Teixeira de Oliveira, o TEIXEIRÃO.
Até junho de 1969, o CIGS foi subordinado ao Grupamento de Elementos de Fronteira. Em fevereiro de 1970, passou a ser subordinado à Diretoria de Especialização e Extensão (DEE). Em Outubro de 1970, passou a designar-se Centro de Operações na Selva e Ações de Comandos (COSAC), com a missão de ministrar além dos cursos de Operações na Selva e de Ações de Comandos.
Em 1978, retornou à sua antiga designação, deixando de ministrar o curso de Ações de Comandos. Em setembro de 1982, o CIGS passou à subordinação do Comando Militar da Amazônia, permanecendo vinculado tecnicamente à DEE, Atual DETMil.
O primeiro curso de Guerra na Selva funcionou no ano de 1966, os cursos eram ministrados em duas categorias, uma para oficiais e outra para subtenentes e sargentos. À partir de outubro de 1969, passou a ser de três categorias: “A” para oficiais superiores, “B” para Capitães e Tenentes e “C” para Sub Tenentes e Sargentos.
Ao longo de seus 55 anos de existência, o CIGS especializou 6.512 combatentes de selva, sendo 561 de nações amigas (até 4 Jul 2019).
Devido ao trabalho daqueles que antecederam a atual geração, este Centro tem o status e a responsabilidade de especializar o melhor combatente de selva do mundo.
CIGS, orgulho do Exército Brasileiro, patrimônio do Brasil.
O Centro de Instrução de Guerra na Selva foi criado com o Decreto Presidencial 53.649, de 2 de março de 1964, sendo seu primeiro Comandante o Cel Art JORGE TEIXEIRA DE OLIVEIRA. Para capacitar o núcleo inicial de recursos humanos que formaria o corpo docente, o então major TEIXEIRA — " Teixeirão" , como o chamavam os mais próximos — e uma equipe de militares foram enviados ao Panamá e tornaram-se os primeiros "jungle experts" brasileiros no Jungle Operations Training Center (USAJOTC). Após o curso, o Maj Teixeira iniciou um trabalho fantástico de erguimento da estrutura que redundou na formação, em curtíssimo prazo, da primeira turma de guerreiros de selva, em 19 de novembro de 1966.
Como primeiro Comandante do CIGS, coube-lhe a escolha, a delimitação da área da sede do campo de instrução e a construção dos pavilhões que deram personalidade ao Centro de Instrução de Guerra na Selva.
Inúmeros foram seus feitos e destacadas foram suas atuações, conforme atestam os elogios recebidos de seus chefes, sempre enaltecendo seu espírito inquieto, sua vontade inquebrantável, seu caráter firme e sua competência profissional.
Em 5 Jan 69, como comandante do CIGS, foi nomeado, pelo Comandante do CMA e 8ª RM, comandante das tropas brasileiras em Roraima, nas localidades de Bonfim, Normandia, Surumu e Marco BV-8 para fazer face aos problemas advindos da revolução interna ocorrida em Rupumuni – Venezuela, quando exerceu na plenitude suas habilidades de chefe e líder.
A ele também se deve o brado de Selva! Conta-se que na época de sua criação, o CIGS não dispunha de ficha de serviço de viatura em seus primeiros dias, o que levava à sentinela perguntar o destino das viaturas que saiam do quartel. Quase sempre recebia uma resposta apressada e lacônica — Selva! — era seu destino. A resposta curta, tão repetida, fez-se saudação espontânea e vibrante, alastrou-se, expandiu o seu significado, ecoou por toda a Amazônia contagiando a todos com o mesmo ideal.
A 3 de maio de 1970, assumiu a presidência da Subcomissão Geral de Investigação do Estado do Amazonas, por determinação do Senhor Ministro do Exército, sem prejuízo das funções que já exercia.
Foi exonerado do comando em Dez 70 e, já em 71, foi nomeado comandante do Colégio Militar de Manaus. Foi o seu fundador, tendo sido exonerado em 74. Criou, ainda, o Círculo Militar de Manaus (CIRMMAN), sendo o seu primeiro presidente.
Sua atuação e comportamento transcendeu a vida militar, tendo conquistado o carinho e admiração a população amazonense, que certa de sua sinceridade de propósitos e de seu valor, agradecida pelos inúmeros feitos e benefícios que a sua atuação trouxe para o Estado, outorgou-lhe, numa prova eloqüente de reconhecimento e de gratidão, o honroso título de Cidadão do Amazonas, que lhe foi entregue pela Assembléia Legislativa do Estado.
Reconhecendo a importância do trabalho pioneiro do "TEIXEIRÃO", o Exército Brasileiro concedeu ao CIGS a denominação histórica de Centro Coronel Jorge Teixeira.
É uma justa homenagem àquele que legou às gerações posteriores uma escola militar ímpar, considerada a melhor escola de guerra na selva do mundo.
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